Não precisa ficar muito atento para saber que o gasto com energia elétrica vai subir consideravelmente nos próximos meses. Com o anúncio de que a bandeira tarifária passaria para a vermelha, e que o valor da mesma iria aumentar, passando para R$ 9,492 a cada 100 kWh, os consumidores precisam encontrar formas de reduzir os gastos com energia elétrica.
Pensando nisso, vamos fazer um apanhado sobre:
1. Porque a energia elétrica é tão cara aqui no Brasil;
2. O que são as bandeiras tarifárias e porque elas regulam o valor final da conta de luz
3. Como a energia solar pode ser uma solução viável
Acompanhe.
Porque a energia elétrica é tão cara aqui no Brasil
É muito importante entender que a maior parte da formação do custo da eletricidade vem do processo de geração de energia. Outra parte está ligada aos impostos e tarifas. Por fim, mas não menos importantes, existem todos os custos de transmissão e distribuição, que representam as menores taxas.
A conta de luz no Brasil está entre as 50 mais caras do mundo, com um custo de em média US$ 0,14 por Kwh.
Bandeiras tarifárias
Um dos principais fatores da oscilação do valor final da conta são as bandeiras tarifárias. Elas foram criadas em 2015, para tentar conter a crise elétrica em que o país entrava. E atualmente, são elas que regem se a sua conta terá algum acréscimo ou não no final da leitura.
Ela é basicamente a conta entre a oferta de energia e a demanda. Quando não se tem o volume necessário para atingir a demanda, e é preciso usar outras formas de produção de energia, ou gastar mais horas e recursos, é que acontece o acréscimo na conta de luz.
No Brasil, mesmo a nossa principal matriz elétrica sendo a hidrelétrica, vivemos com períodos longos de estiagem, o que prejudica a produção de energia elétrica, e é neste momento que as bandeiras interferem no valor pago pela luz.
Hábitos de consumo
Os hábitos de consumo devem ser repensados, e adequados à nossa realidade, pois somos dependentes de apenas uma matriz energética e que ela depende principalmente da chuva e volume de água.
Poucos consumidores têm o conhecimento de que, às vezes, algumas pequenas ações no nosso dia a dia podem reduzir consideravelmente a demanda de energia elétrica.
1. Substitua lâmpadas incandescentes por LED
2. Tire os aparelhos em stand by das tomadas
3. Use o ar-condicionado de maneira consciente
4. Evite abrir a geladeira frequentemente
5. Dê uma boa acelerada no banho
O que são as bandeiras tarifárias e porque elas regulam o valor final da conta de luz
As bandeiras tarifárias funcionam como um semáforo de trânsito: a bandeira verde significa custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo naquele mês.
Funcionam basicamente como um semáforo de trânsito: a cor verde que no semáforo significa prossiga, nas bandeiras significa custos baixos para gerar a energia, portanto, a tarifa de energia não terá nenhum acréscimo naquele mês.
A cor amarela indicará um sinal de atenção igual ao semáforo, e isso significa que os custos de geração estão aumentando. Já a cor vermelha mostra que o custo da geração está mais alto, por exemplo, com o maior acionamento de termelétricas.
Energia Solar como solução
Por muito tempo, fomos completamente e inteiramente dependentes das concessionárias de energia elétrica. Um estudo realizado pelo Ibope em parceria com a ABRACEEL, afirmou que 84% dos entrevistados considera a energia elétrica cara ou muito cara, e que 90% gostaria de poder produzir a sua própria energia através de painéis solares,
Em 2020 o Brasil produziu mais de 474 GW/h. O número final apresentou uma queda em relação ao ano de 2019, pois, por conta da pandemia e das determinações de distanciamento social, o uso por parte dos comércios e serviços, reduziu. Porém, a potência produzida em residências cresceu mais de 4% em relação ao ano passado.
Atualmente, a energia residencial é responsável por 77,6% do consumo da energia gerada , o comércio e serviços responsável por 17,99% e as propriedades e empresas rurais por 6,25%. Porém, o setor que mais investiu em energia solar no ano passado foi o agronegócio, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a energia solar em propriedades rurais atingiu, entre janeiro e novembro de 2020, um consumo de 320 MW. uma alta de 100% frente aos 160 MW registrados no mesmo período de 2019.